10 maio 2011

Escrever...

Para quê?
Para quem?
Caberiam outras perguntas.
Acho que quem escreve se faz essas duas perguntas e muitas outras.
As editoras sempre perguntam a que tipo de público se destina o texto enviado por algum autor para análise.
Sempre me pergunto o que um cara na minha idade pode querer com escrever.
Não tenho uma resposta precisa e definitiva para estas ou outras perguntas desse gênero. Alguém deve ler o que se escreve por aí, senão não haveria tantas livrarias, editoras, escritores e concursos literários.
Sou leitor, e como leitor tenho minhas preferências, sou um dos que formam algum tipo de perfil que as editoras tanto valorizam conhecer e para o qual publicam determinados livros, mas não sei bem qual é o meu perfil, leio obras de diversos estilos e naturezas. Ultimamente tenho lido muita coisa científica e poesia. Meu plano para o segundo semestre é reler a Ilíada e a Odisseia, quando não encontro nada que me interesse corro para elas. Por enquanto estou entretido com lançamento de livros e música.
Talvez este livro Antroplogia de Mim, que será lançado em junho, eu devesse ter lançado há uns 40 anos, não que os poemas ou as ideias nele contida tenham embolorado por o livro estar guardado numa gaveta desde aqueles tempos, esse livro foi todo escrito no segundo semestre do ano passado, mas naquela época eu escrevia poemas e um dia joguei tudo no lixo. Eu tinha uns 20 anos e escrevi uns textos e uns poemas, tinha um amigo que escrevia e publicou um livro que foi muito elogiado pela crítica da época e por Caetano Veloso, isso foi em 1974, eu disse a esse amigo que tinha escrito uns textos, ele leu e disse que tudo era uma merda, hoje acho que não eram merda, mas o cara tinha sido elogiado por Caetano Veloso, pensei devem ser mesmo uma merda. Esse cara nunca mais escreveu nada, hoje é professor universitário publicou uma tese sobre Canudos e mais nada. O livro dele realmente era muito bom.
Na década de 1990 escrevi vários romances, não consegui publicar nenhum, consegui publicar apenas o livro de contos Bodas De Ouro, Editora Argos, este sim tem uns contos que são uma merda. Perguntei a mim próprio: que editor vai ler um romance de trezentas páginas de um ilustre desconhecido? Isto ficou comprovado quando enviei quatro romances a uma editora que me respondeu dois dias depois do recebimento: 'os textos não se enquadram no nosso perfil editorial' , será que eles leram uma mil e trezentas páginas em um dia para chegarem a essa conclusão? Então: textos curtos, como, por exemplo, poemas. Mesmo os mais preguiçosos editores não vão deixar de ler uns poemas que resolvem em poucas linhas. Dito e feito, três editoras se interessaram pelos textos.
Agora preciso encontrar leitores.

10/05/2011

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