01 maio 2011

O carrasco da Editora Multifoco

Virei blog.
Eu não queria por preguiça, pois é mais um compromisso dentre os tantos que não tenho. Porém o editor me obrigou. O nome do carrasco é Frodo Oliveira, a editora se chama Multifoco. Obedeço porque não é sempre que aparece alguém que decide publicar o que escrevo. O último que me deu essa oportunidade se chama Valdir Prigol, da Editora Argos da Universidade de Chapecó/SC, que há 10 anos publicou o livro de contos Bodas de Ouro, esta editora atualmente publica apenas livros técnicos e teses da própria universidade. Talvez o fato de não ter vendido nenhum exemplar de Bodas de Ouro tenha contribuído para essa decisão.
Frodo me disse que não posso ser 'escritor ermitão'. Ele não sabe, mas me senti bem sendo comparado a um ermitão, ermitão mesmo, aquele que mora em caverna. Até porque já vivi dessa forma por alguns meses, na Praia do Cachadaço em Parati/RJ, Passei um verão inteiro numa caverna que há no morro no final da praia, talvez essa caverna nem mais exista, faz muito tempo, não sei se a especulação imobiliária chegou a essa praia. Lembro que tomava banho numa bica, quando voltei a São Paulo tive a sensação de que era pela primeira vez que chegava a uma cidade.
A Editora Multifoco vai publicar um livro de poemas de minha autoria que se chama Antroplogia de Mim, preciso sair da caverna para divulgá-lo. Ele me disse "divulgue aos parentes, amigos, conhecidos". Conheço pessoas e pessoas, talvez a maioria fique chocada com o que escrevo e talvez isso atrapalhe o relacionamento que mantemos em outras áreas.
Mas escrevi poemas que chocam ou pelo menos com a intenção de chocar? Alguns sim outros não. Os sim são meras constatações sobre o funcionamento geral das pessoas e isso pode ser um choque, não de alta amperagem que mata, mas de alta voltagem que derruba e o indivíduo pode se machucar devido ao tombo. Porém minha intenção não é ferir, mas somente causar um pruridozinho no cérebro do vivente que ler o livro. Antropologia de Mim tem alguns poemas que são somente um exercício de lógica a apontar algumas contradições da alma humana. As contradições eu busco dentro de mim próprio, sem muito esforço: sou um poço cheio delas, é fácil.
Vamos ao trabalho, então.

PS: se o Frodo soubesse que aqui em casa temos fogão a lenha para cozinhar e aquecer o ambiente, teria certeza de que sou muito mais ermitão do que imagina.

José Otavio Carlomagno

1° de maio de 2011 - coincidentemente Dia do Trabalho.

1 comentários:

Anônimo disse...

Tudo bem José Otávio??
O nome do meu tio poeta é Ialmar Pio Schneider. O blog é: http://ialmar.pio.schneider.zip.net/
Abração,
Glauberto

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